domingo, 8 de junho de 2014

Uni du nitê ... não escolho por você.

Casei virgem aos 22 anos. Foi uma escolha. Minha e do meu marido (porque, se fosse só eu, não ia dar pra segurar mesmo). Não fui obrigada. Na verdade, fui. Pela minha própria consciência e vontade. Uma vontade enorme de estar fazendo a escolha certa. Um medo GIGANTE de sofrer emocionalmente.
Não foi um exemplo que vi de alguém, não foi pela igreja ou religião, ou uma pessoa que me aconselhou, ou pais super protetores. Não. Não foi falta de maturidade ou desejo sexual pelo meu namorado. Tínhamos momentos de intimidade e muitas vezes ele tinha que me parar.Por que? Porque ele respeitava o desejo que os dois tinham de nos guardar até aquele dia.E com o passar do tempo o desejo de chegar nesse dia aumentava, tomado de curiosidade e vontade daquela decisão "funcionar".



E foi lindo. A "Noite de Núpcias" foi  "afundada" num sentimento de descoberta, respeito, amor e admiração. Eu me senti a mulher mais linda e mais desejada do mundo. A Lua de Mel inteira foi minha e dele. Por mais que a gente estivesse visitando um lugar novo e viajando, eu estava ali pra ele e ele pra mim. Posso até dizer, sem medo de parecer ridícula, que até hoje eu ainda estou aprendendo. Descobrindo coisas boas para mim e para ele.

Sempre falei pra todos que estão próximos da gente que essa foi a NOSSA escolha, NOSSA experiência. Não é uma bandeira, nem uma "regra" ou excesso de moralismo "amostrado"...
O fato é que eu vou contar nossa história para meus filhos e vou contar para eles sobre meus medos e minhas inseguranças sobre sexo. Mas eles vão fazer as escolhas DELES e isso é INEVITÁVEL. Em tudo!
Quando eu estava grávida e perguntavam qual era o sexo do bebê para a gente, respondíamos: "Não sei.Também nem adianta, ele ou ela pode mudar até os 15 anos." Era uma piadinha igual tantas outras que fazemos o tempo todo. Mas realmente, se era algo em que pensávamos, hoje não é mais, porque percebi que o amor é incondicional MESMO. Independente do que eles/ela fizerem ou escolherem durante a vida deles.
Não posso escolher por eles a religião, a carreira, o sexo do parceiro, o esporte, o estilo de música, a tribo e até mesmo o time de futebol. Uma coisa eu sei: nesse exato momento  da vida deles, ELES VIVEM DE EXEMPLOS. Tentamos ensiná-los através de nossas vidas e da vida dos que amamos e admiramos.
Levamos eles para igreja (quando vamos) e fazemos uma oração antes de dormir e em outros momentos, falamos sobre Deus e as coisas de Deus e tento responder perguntas "impossíveis" do tipo: "Quem é o pai de Deus? Como Deus fez meu coração? Se Jesus é o filho de Deus, quem é o pai dele que está com Maria?" Mas eles não são batizados ainda, porque acreditamos que o batismo é uma escolha de fé, que eles vão fazer por eles. Eles praticam esportes dentro de escolhas nossas nos baseando nas coisas que eles gostam. Eles ouvem as músicas que nós ouvimos. Ainda escolho algumas roupas deles...mas tenho plena consciência de que isso vai mudar já já.
Caique não é mais corinthiano roxo...gosta, mas diz que é flamenguista. Noah ama Luan Santana. Lia acaba com todas as minhas tentativas de penteado.
E os três, quase sempre, reclamam da roupa que escolho.

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