terça-feira, 1 de setembro de 2015

Semana "Eu"

Estou na semana menstruação ! 
Sou contra colocar a "culpa" das minhas atitudes nessa semana. É uma semana péssima para mulher, mas eu costumo analisar EM MIM (sempre pessoal, nunca geral), que devido ao inchaço causado pela retenção de líquidos biologicamente comprovados, eu fico impossibilitada de fazer algumas coisas que me fazem sentir bem na maioria dos dias do mês. Por exemplo: murchar a barriga , ficar sem "boinha" no jeans, vestir shortinho e saia sem aparecer TODAS as celulites da coxa, foto de rosto sem nariz tãão inchado, camisetas com braços mais finos... 

Aí, vai causando EM MIM uma impaciência com essa pessoa inchada que se apoderou do meu corpo, e com tudo relacionado a ela ... e durante essa semana tudo aumenta...ou nesse caso, diminui a...

tolerância 
to.le.rân.cia 
sf (lat tolerantia1 Qualidade de tolerante. 2 Ato ou efeito de tolerar, de admitir, de aquiescer. 3 Direito que se reconhece aos outros de terem opiniões diferentes ou até diametralmente opostas às nossas. 4 Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. 

Na MINHA humilde e irritada opinião, "Tolerância" é uma escolha. Você ESCOLHE abstrair. Em relação aos meus filhos , eu uso meu nível de tolerância às atitudes "de risco" (aquelas que toda criança têm (uns com mais frequência que outros), tipo: gritos inesperados (escândalos), confrontos corporais (tapas, socos, chutes) , insistências seguidas de choro ( birra), desobediência fortalecida por negação estratégica (não!!!)...) como um medidor de tempo que tenho gasto com meus filhos. Quanto menos tolerância à essas atitudes, é sinal que preciso estar mais tempo com eles. Porque para mim, as atitudes de risco só provam que eles querem minha atenção para algo, e que existem áreas na educação deles que eu não estou enxergando, ou conseguindo chegar. (pela enésima vez...MINHA opinião). Só que durante essa semana não só o meu nível hormonal aumenta , como diminui proporcionalmente meu nível de tolerância, o que quebra o "conceito" acima descrito com tanto empenho "científico experimental".
É quando eu chego a conclusão que nesses momentos eu sou REALMENTE eu! 
Sem paciência para fingimento. Sem saco pra esconder os defeitinhos de uso (não de fabricação). E é aí que a ficha cai e que aprendo que auto controle e paciência devem ser nutridos diariamente, principalmente com as crianças.
Claro que, agora que descobri, quero viver meu " momento eu" com muita liberdade e sem amarras.
Então, por que  colocar a culpa de ser eu mesma na única semana do mês que não estou "tentando me encaixar no padrão para agradar a pessoa inchada que finge ser seca que se apoderou de mim"?
Durante uma semana eu posso (e quem está ao meu redor também) conviver com quem eu sou de verdade, com o SER cru! Cheio de impaciências e água (e nesse exato momento, Mojitos também) !!! E isso não tem nada a ver com TPM!!! Não mesmo!!!
 Eu, crua ,adoro chocolate e o como livremente; 
 Eu, crua, choro sem motivo e acho graça ( muita graça ) nos meus pensamentos; 
 Eu, crua, sou mais poeta e mais "ativista de direitos gerais"(a que briga por tudo); sou mais mãe e mais filha (quero colo o tempo todo); 
 Eu escrevo livros no meu pensamento em 5 minutos e rasgo todas as páginas em 5 segundos ( por isso não tenho nenhum ainda)... 
 Eu, quando sou eu, grito e abraço, brigo e peço desculpa, dou risada e choro com comercial de promoção de supermercado de bairro... 
 mas peraí... 
... se você perguntar aos meus filhos, eles vão dizer que eu sou sempre assim...então sobre o que eu estou falando aqui?
Hum...
Você pode até estar se identificando, mas eu crua também sou egoísta... Então vai procurar seu bloco e me deixa curtir só minha semana EU !!!