terça-feira, 6 de maio de 2014

Onde moram os argumentos

Fiz análise o ano passado para tentar achar minha voz. 
Me re-conhecer. 
Sou muito melhor escrevendo do que falando. Melhorei muito do ano passado até esse ano. Não foi só a análise. Até porque, a mulher me ouvindo ali não pode mudar o que está aqui, dentro dessa cabeça doida e cheia de pensamentos. Já falei aqui. É "auto-ajuda", se eu não quiser mudar, ninguém vai fazer isso.
Meu maior problema com as palavras faladas são os argumentos.Na hora que eu mais preciso deles eles acham o único e pequenininho "buraco negro para coisas absurdas"que cultivo no meu cérebro e se enfiam lá! Vão embora e só voltam quando a fala do outro fala: "Você ouviu o absurdo que você acabou de falar?" - Claro que eu ouvi! Saiu do buraco negro pra dar lugar aos argumentos safados que se esconderam lá! (...raivaaaaa...)
Uma simples discussão depois da análise e eu percebi que a fraqueza não está na voz.Está nas palavras.Meu problema talvez não fosse (ainda seja) "falar"as coisas, mas saber juntar as palavras certas.Falar em negrito. Dar um CAPS LOCK nas vontades e deixá-las aparecerem.


Eu consigo enxergar a necessidade do uso da minha VOZ  bem claramente em dois momentos específicos: durante meu trabalho como professora e em casa com meus filhos. 
Na escola, preciso ter pulso firme e ao mesmo tempo saber negociar e ouvir. 
Em casa também. 
A diferença é que os limites que dou aos meus filhos são MEUS limites, num ponto de vista acordado entre eu e o pai deles. Com meus alunos, meus limites vão dentro da minha sala de aula, sempre em equilíbrio (nesse caso como no circo mesmo) com os limites dado pelos pais deles.Nessas horas, ter argumentos e voz é muito precioso e necessário. Porque as crianças, em sua maioria, os têm. 
Eu precisava achar minha voz para ser completa nos dois "maiores"momentos do meu dia.
Preciso me policiar constantemente quanto ao uso da minha voz. Para fazê-la ouvida e para "nem tanto". Depois de aprender a usá-la, sigo em busca do equilíbrio. Como em tudo nessa vida, né?!

Com meus filhos faço uso de uma técnica muito bem desenvolvida, que foi testada em mim e meus irmãos e , pelo menos até onde me lembro, funcionou com maestria. A técnica chama-se "Porque eu sou sua mãe e pronto!'. Não tem argumento que se livre dessa! Ela pode vir acompanhada por : "Enquanto estiver na minha casa", "Me respeite, rapaz! Eu sou sua mãe"... e algumas outras. Por enquanto, tem funcionado. Pelo menos com Caique e Lia. Com Noah...hum...um bom papo para outro post. 
Noah , se eu misturar o nome dele, pode virar um "Naoh" que ele usaria fácil fácil para qualquer um de meus argumentos.






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